terça-feira, 25 de outubro de 2011

Praça Cinelândia-RJ é ocupada pelo povo e vira espaço de protesto


Matéria babaca do G1-Organizações Globo, mete o pau em ato civilizado de pessoas que estão querendo um mundo mais justo no Brasil e no mundo. Entre os pontos de discussão estão falta de emprego, moradia, educação, além da violência que afeta os mais pobres.



'Indignados' com a sociedade em que vivem acampam no Rio

Movimento tem como objetivo ‘debater e discutir a sociedade’.
Barracas começaram a ser montadas na Cinelândia, no sábado.

Alba Valéria MendonçaDo G1 RJ
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Indignados ocupam com barracas Cinelândia, no Centro do Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)Indignados ocupam com barracas Cinelândia, no
Centro do Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Sem objetivos claros ou metas a cumprir, como definiu o universitário Rafael “Indignado”, cerca de 80 jovens com idade média de 25 anos, usam argumentos dos jovens hippies da década de 70 para protestar no Rio. Eles mostram sua revolta no que diz respeito à “sociedade capitalista vigente”, no “acampamento” do movimento Ocupa Rio, montado na Cinelândia, no Centro, iniciado no último sábado (22).
Da construção da usina de Belo Monte, no Pará, à liberação da maconha, passando por frases que alertam para que “a verdade não está na internet”, eles estão "indignados e em desacordo com tudo o que estão vivendo”.
“Esse é um movimento espontâneo, que surgiu dessa nossa insatisfação com a sociedade em que vivemos. É um movimento político, mas apartidário. É um espaço para que toda a população pare e pense no modelo de sociedade que quer para viver”, filosofou Rafael “Indignado".
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Cartazes dos indignados na Cinelândia, no Centro do Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)Cartazes dos 'Indignados' na Cinelândia
(Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Para mostrar sua insatisfação, todos os acampados resolveram adotar o sobrenome “Indignado”. E ao mesmo tempo em que confeccionam cartazes contra a internet, dizem que o movimento espontâneo nasceu nas redes sociais, via internet. Passam o dia fazendo os cartazes ou “refletindo sobre as melhores estratégias a adotar para viver numa sociedade melhor”.
“Todos os dias, às 19h convidamos as pessoas que passam por aqui para participar dos nossos debates. Não temos objetivo de apresentar propostas, mas sim discutir o momento em que vivemos ", disse Henrique “Indignado”, psicólogo, de 33 anos, que em nome da democracia e do livre pensamento, informa que o movimento não tem líderes e nem dia nem hora para terminar. “Temos o direito de permanecer aqui o tempo que quisermos”.

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