segunda-feira, 29 de junho de 2009

Lapa Eterna



Sou do tempo de pular o Circo Voador para assistir vários shows. Lá vi Chico Science e Nação Zumbi, com Chico (falecido) de vocalista principal, Planet Hemp, com o pessoal todo, Black Alien, B Negão, Marcelo D2 e companhia, o Rappa, ainda em processo de formação, Cidade Negra, com Ras Bernardo, Barão Vermelho, Celso Blues Boys e os maravilhosos tributos ao mestre Bob Marley, sempre animando a galera, a extinta Medusa Dreads, banda de reggae que sempre fazia os shows. Além disso, tinha o grupo The Windows, tocando muito The Doors para a galera. Tudo isso, nos anos de 1993 até 1999, depois o Circo foi fechado, por problemas administrativos. Talvez aí, não fechou só o Circo, fechou também todo o clima que cercava a Lapa. Ainda, nessa época a região era mal falada por um povo que hoje faz da Lapa sua casa! O bar do Arco Íris, era boteco mesmo e ficava lotado, cerva de garrafa. Rua como Joaquim Silva, nem existia no cenário cultural, o fluxo de pessoas ainda era fraco. Atrás do Circo Voador, tinha uma rua que só vivia sem luz. Me lembro da galera indo lá atrás para pular as grades sujas de graxa, que protegiam o espaço. Muitos entravam logo de primeira, já outros não tinham a mesma sorte e eram colocados para fora, pela segurança. Teve gente, que foi colocado numa noite só, umas cinco vezes para fora. Mais quem entrava era aplaudido por todos e a alegria era geral do público. Tudo era simbólico, a Lapa, ainda era uma ilha cosmopolita, cultural e social. Violência? só do abandono dos casarões, presença de moradores de rua e crianças cheirando cola. Entretanto, mortes, assaltos, não via e não sabia de caso algum com a galera. Ao contrário desses tempos, que casos de violência acompanham todo esse processo de oxigenação da área. Enfim, mais é a Lapa e contínuo firme e forte com ela. Salve a Lapinhaaaa !!!! Querida majestade ! Que sempre está lá pronta para nos atender, com chuva, sol, frio e calor

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