domingo, 24 de fevereiro de 2013

Favelas pacificadas para a nova burguesia brasileira



REESTRUTURAÇÃO URBANA NO RIO DE JANEIRO
Favelas pacificadas para a nova burguesia brasileira
Habitação é o assunto do momento no Rio. Na praia, no ônibus, nos jantares, só se ouve falar disso. Há muitos anos a febre especulativa pouco a pouco fez aumentar os preços e, por consequência, a pressão sobre os cariocas que consagram agora uma grande parte de seu orçamento para isso
por Jacques Denis
Início de setembro. Toda noite o Brasil vibra com os episódios de Avenida Brasil, a telenovela que opôs durante seis meses a morena Rita à sua madrasta, a loira Carminha. Uma cresceu em uma zona da periferia popular do Rio de Janeiro, abandonada pela outra, que vendeu a casa do pai, morto na Avenida Brasil, símbolo deste país de desigualdades. Por trás dessa intriga, das mais básicas, se trama outra história: “É a preparação psicológica de uma parte da população, a classe média dos bairros chiques da zona sul do Rio, para o fato de que logo estarão se mudando para a zona norte”, analisa Eduardo Granja Coutinho, professor de Ciência da Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Se acreditarmos nisso, um fenômeno social televisual pode então ocultar outro, menos virtual: o aumento dos preços que fez do Rio um imenso jogo de Banco Imobiliário. Uma das músicas tema do folhetim não se intitula “Meu lugar”?
Habitação é o assunto do momento no Rio. Na praia, no ônibus, nos jantares, só se ouve falar disso. Há muitos anos a febre especulativa pouco a pouco fez aumentar os preços e, por consequência, a pressão sobre os cariocas que consagram agora uma grande parte de seu orçamento para isso. Entre janeiro de 2008 e julho de 2012, o Rio conheceu um aumento de 380% nos preços de venda e de 108% nos de locação. Por falta de recursos, alguns pensam até em se mudar para bairros onde nunca puseram os pés, as favelas que as autoridades decidiram metodicamente “pacificar” (ver quadro). E com ainda mais vigor, já que é preciso preparar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Vidigal é um morro muito conhecido de todos os cariocas, já que se situa de frente para o mar, na continuidade do Leblon e de Ipanema. No dia 13 de novembro de 2010, as tropas da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) tomaram o lugar. A regra mudou. Há pouco mais de um ano, os meninos ainda andavam por lá com armas de grosso calibre; hoje, não param de passar policiais na Estrada do Tambá, a artéria principal e única via de acesso desse emaranhado de ruelas asfaltadas, de quebradas de tijolo e reboco. Não é a única mudança visível: “A coleta de lixo está funcionando, a eletricidade também, e tem até um caixa eletrônico em três línguas... Os serviços públicos voltaram”, constata o capitão Fábio, responsável pela UPP local. E, pelos cartazes que anunciam demolições e reformas, outras mudanças devem acontecer nessa febre de expansão imobiliária.
Na associação de moradores do bairro, comemora-se o retorno à ordem. Mas seu presidente Sebastião Alleluia aponta outros perigos: “Hoje estamos entrando em uma nova realidade, já que nossos terrenos são agora desejados pelo capital. A pressão se tornou imobiliária, e a especulação, nossa realidade. É apenas o começo: vemos desembarcar brasileiros e principalmente estrangeiros, trazidos pela crise europeia e interessados no potencial de nossos bairros. Um apartamento dúplex situado no Baixo Vidigal, estimado em R$ 50 mil há um ano, se negocia hoje por R$ 250 mil!”.
O Vidigal está na moda, um pouco como o que aconteceu com Santa Teresa no início dos anos Lula (2003-2010), um bairro popular hoje habitado por artistas vindos do mundo inteiro, condomínios superprotegidos, pousadas com selo de qualidade e restaurantes da moda. O diretor de teatro Guti Fraga, diretor da associação Nós do Morro, que ele implantou em 1986 para desenvolver ali um projeto de integração pela cultura, também conheceu os anos em que coabitavam o bairro – reconhecido por suas ruas calçadas e suas habitações legais, autenticadas como tais pela municipalidade – e a favela, zona “fora do cadastro” cujas manchas vermelhas pouco a pouco comeram o verde do morro. Ao lado do Leblon, a favela Praia do Pinto foi incendiada em 1969 para expurgar os cerca de 20 mil pobres que viviam ali, realocados nos complexos de conjuntos habitacionais, como a sinistra Cidade de Deus.
No Vidigal, a ameaça está de volta, e seu cavalo de Troia se chama pacificação. E Fraga aponta o restaurante francês que deve ser aberto ali em pouco tempo: “Será que vai ser para os moradores daqui?”. O projeto de hotel cinco estrelas “vai acolher as pessoas do Nordeste (a região pobre de onde vem a maioria dos moradores do Vidigal)?”. Como confia um capitão da polícia, “o Vidigal se tornou uma atração turística onde os europeus vêm tirar fotos bonitas”. Ou investir nesse terreno cujo valor está em alta...
“No Rio, mais de 2 milhões de pessoas vivem em mais de novecentas favelas: tudo isso constitui um bom negócio para quem está preparado para a aventura e tem a capacidade de antecipar a mudança estrutural de uma cidade em plena mutação”, observa Luiz César Queiroz Ribeiro, diretor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur) do Observatório das Metrópoles. Seu laboratório universitário se interessou pelas questões da propriedade territorial no Rio, um caso de exßemplo para todo um país onde muitos, ricos ou pobres, se instalaram sem base legal, num modo de espoliação (um rico toma posse de um terreno pela força) ou invasão (pobres ocupam um espaço pelo grande número). “O Brasil é a bola da vez. Toda essa especulação imobiliária que se desloca no mundo, do Sudeste Asiático à Espanha, se instala hoje aqui.” A economia – que parece estável comparada com a tempestade que atravessam as do “centro” – atrai ainda mais os investidores porque o imobiliário continua barato. “Desde 2005”, continua Ribeiro, “esse movimento de fundo se instala, se apoiando no turismo e na perspectiva dos megaeventos. Num tal contexto de especulação urbana clássica, controlar o território é também dar garantias para o capital. É preciso então regularizar e regular a ocupação dos terrenos.” O objetivo principal? “Permitir que o mercado tenha acesso a essas zonas informais e então estabelecer bases jurídicas da propriedade territorial.” Ou, para dizer com outras palavras, modernizar o país para permitir aos investidores se instalarem melhor. Assim, para favorecer futuras transações, as autoridades colocaram em ação um programa de regularização imobiliária, nessas favelas que o cadastro ignorava pura e simplesmente desde uma lei de 1937 (revogada em 1984 sem que a situação dos terrenos tenha sido realmente esclarecida). A revista Veja de 4 de julho de 2012 comemorava que “num raio de 500 metros no entorno da UPP do Vidigal os preços aumentaram 28% a mais que no resto da cidade”. A tal ponto que é cada vez mais difícil para os cariocas da classe B, que têm boas condições financeiras,1 se instalarem ali.
Durante muito tempo, as favelas foram consideradas provisórias. Era admitido que elas deveriam desaparecer com o desenvolvimento. Mas como este demorou a chegar, o governo decidiu ao mesmo tempo fazê-las desaparecer e deixá-las surgir aqui e ali. Sérgio Magalhães, secretário da cidade de 1993 a 2000 e atual presidente do Instituto dos Arquitetos, participou do programa Favela Bairro, frequentemente citado como exemplo e que se ocupava de 155 favelas. “Em 1993, três, quatro gerações tinham crescido nesses terrenos: a situação já não era, claramente, transitória. Era preciso reconhecer esse estado de coisas e fazer das favelas verdadeiros bairros.” Depois de terem favorecido o deslocamento das populações para as periferias – entre 1962 e 1974, mais de 140 mil habitantes foram enviados para a periferia, com oitenta favelas apagadas do Rio –, os poderes públicos finalmente consideraram construir um futuro no local, levando em conta a história e a opinião dos moradores. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) consagrou US$ 600 milhões para isso, aos quais se acrescentaram US$ 250 milhões do governo federal.
Vinte anos depois dessa primeira tentativa de reorganização, seguida por outros programas (Bairrinho, Morar Legal e Novas Alternativas), associações e particulares deram início a procedimentos para obter títulos de propriedade oficiais. Mais de duzentos teriam sido oficialmente emitidos, enquanto milhares aguardam. Ninguém sabe quantos, já que ninguém sabe quantas pessoas vivem ali. Vinte mil, 40 mil, 60 mil habitantes? Roque faz parte desse grupo desde 1976. Natural da Bahia, ele fica feliz com o interesse crescente dos gringos, fonte de lucro: uma vizinha multiplicou por cinco o valor de seu imóvel. No entanto, para ele, está fora de questão deixar sua casa, um minúsculo quarto e sala construído por ele mesmo em 1995. O septuagenário faz valer seu direito de solo – além do sentimento de pertencimento a uma comunidade, o que não tem preço. “Na época, ganhei um recibo da associação de moradores. Hoje eu aguardo o título de propriedade oficial. Isso vai dar um pouco de dinheiro aos meus filhos quando eu morrer, mas eu não quero deixar meu bairro; é a minha vida.”
Essa regularização é também sinônimo de integração ideológica dessas zonas fragmentadas, antes regidas por outras leis imobiliárias, erigidas pelos próprios moradores. O sociólogo Jailson de Souza e Silva, cabeça pensante do Observatório das Favelas, vê aí “a base de um aburguesamento”. “Muitos são tentados a vender bens que agora têm um valor verdadeiro. Eu defendo que a última coisa a dar aos habitantes da favela é um título de propriedade.” Para ele, possuir um título oficial é ter acesso à possibilidade de cedê-lo e então fazer, por sua vez, o jogo do “mercado”. “Eike Batista, o homem mais rico do Brasil, que investiu benevolamente milhões nos equipamentos da UPP, é proprietário de grandes grupos imobiliários. Ele tem todo o interesse em financiar essa política, da qual ele terá os dividendos num segundo momento, ao se tornar proprietário de uma parte desses territórios.” Para Silva, a solução está longe das lógicas especulativas...
Esse não é o ponto de vista do prefeito, Eduardo Paes, eleito com quase 65% dos votos. Um plebiscito para esse político centrista que, além do apoio do PT, se beneficia do voto das favelas, fortalecido por um balanço que o enaltece: ele será sempre o prefeito da pacificação e o artesão de grandes canteiros urbanísticos, entre os quais o exemplar projeto Porto Maravilha, que visa transformar todo o bairro portuário, não muito distante do centro histórico e por muito tempo desaconselhado à noite, em uma gigantesca zona comercial e turística, com moradias renovadas e ateliês de artistas. Centro de serviço e maior polo naval, principalmente com o petróleo, o Rio encarna mais que qualquer outra cidade a identidade brasileira aos olhos do mundo inteiro. Uma visão que foi confirmada pela classificação pela Unesco em julho de 2012 da Cidade Maravilhosa como patrimônio da humanidade. “O Rio vai se tornar a vitrine comercial do marketing brasileiro”, explica Ribeiro. “Será o cartão de visitas do país.” Desde 2011, na saída do aeroporto, um grande muro antirruído permite esconder a miséria da Avenida Brasil.
BOX:
Rumo à cidade-empresa
“Para a preparação das Olimpíadas de 2016”, explica o arquiteto Carlos Fernando Andrade, membro do PT, “o modelo foi Barcelona. É uma obsessão desde 1993! Desde essa data os catalães vêm aqui vender seus serviços. Sua estratégia foi pensar a cidade como uma empresa. E, dentro dessa lógica, era preciso uma sucessão de grandes acontecimentos.”
Em 2013, o Rio de Janeiro vai acolher a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), depois do encontro Rio+20 em 2012 e antes da Copa de 2014. Luiz César Queiroz Ribeiro percebe nessas grandes readequações programadas uma mudançaprofunda da identidade original do Rio, onde as classes socialmente afastadas viviam até agora em certa proximidade geográfica. “Isso favorecia uma convivência feita de conflitos e de convergências, um diálogo inédito que é cristalizado pelo samba. O futuro, ao contrário, sugere uma cidade estratificada em função da renda, como todas as outras. E nessa perspectiva os dias das favelas estão contados. A arquitetura talvez permaneça, como algo exótico, mas a dinâmica do mercado vai engolir os habitantes, consumidores em potencial.”
O Partido Verde (PV) é um dos mais virulentos a respeito desse balanço enganador, denunciando toda uma série de operações duvidosas com relação às Olimpíadas que jogam o jogo da especulação: a escolha, por exemplo, de privilegiar o ônibus e não o metrô, sabendo que as empresas privadas que detêm os ônibus são apoiadoras financeiras dos políticos. Fernando Gabeira, que perdeu o segundo turno das eleições municipais em 2008, se mostra categórico: “Alguns tiveram informações de dentro sobre a aplicação da pacificação. Eles investiram antecipadamente no entorno imediato das zonas pacificadas. Os riscos são administrados de modo a concentrá-los nos bairros mais pobres da periferia. Os hospitais psiquiátricos são implantados na zona oeste, assim como as penitenciárias e os lixões. Com a pacificação da zona sul, os traficantes se mudaram para a periferia”.
Consequência: a cidade cresce ainda e sempre, empurrando seus limites administrativos, mas também seus problemas. Apesar de seus quase 12 milhões de habitantes, a Grande Rio de Janeiro conheceu uma vertiginosa queda em sua densidade: 8 mil habitantes por quilômetro quadrado, duas vezes menos do que em 1960! Sérgio Magalhães detecta aí o calcanhar de aquiles do Rio: “A expansão da cidade desemboca em uma equação impossível para os serviços públicos. Torná-los acessíveis para todos representa um custo estrutural enorme!”.
No entanto, existem soluções para o problema habitacional que diz respeito a mais de 400 mil pessoas, segundo Marcelo Braga Edmundo, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares. “Dez por cento do déficit nacional de habitações se concentra no Rio. A solução não reside nas construções na periferia, mas nas ocupações dos prédios vazios. É uma escolha política. Eduardo Paes favoreceu investimentos públicos que beneficiarão a esfera privada. E as Olimpíadas, que poderiam beneficiar a todos, se anunciam como uma gigantesca catástrofe para as classes populares, que vão pagar um alto preço. Em seu nome, passam por cima do plano diretor estabelecido pela lei. Ao mesmo tempo, o IPTU progressivo [calculado em função dos imóveis privados vazios] não é aplicado.” Seria, no entanto, uma solução legal para resolver uma parte do problema das desigualdades no que diz respeito à habitação. (J.D.)

Jacques Denis é jornalista.

Ilustração: Jaguar

1. A estatística brasileira divide a sociedade em cinco classes: A (cujos salários ultrapassam 30 salários mínimos), B (de 15 a 30 salários mínimos), C (de 6 a 15), D (de 2 a 6) e E (até 2 salarios mínimos).

Manguinhos um novo olhar



sábado, 23 de fevereiro de 2013

Lei Seca: Retrato do Brasil 2013

A Lei Seca que se aplica com cada vez mais força no país tem deixado muito bêbado, com dor de cabeça pelas cidades brasileiras. Ainda assim, é melhor uma dor de cabeça para quem dirige alcoolizado do que tirar uma vida de uma pessoa inocente. Entretanto alguns infratores que não cumprem a Lei Seca se comportam como verdadeiros irresponsáveis. Veja o que diz essa cidadã da foto, que foi presa no Rio de Janeiro: 

                                                 Estadão Conteúdo logo

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Empregos no Brasil? problema ou solução.



No Brasil quando pensamos que ele está indo para frente ele anda para trás. Essa chamada de hoje, do jornal Estadão é mais uma dessas notícias que revolta o povo brasileiro. O governo estuda possibilidades de atrair mais estrangeiros para trabalharem aqui no nosso país. A Justificativa é a de que no país, não temos profissionais qualificados? ora bolas e o povo que elegeu esse governo, o que tem a vê com isso. O povo é o culpado? A solução para a população é merenda: 70,00 de bolsa família para o povo. O povo quer é emprego decente, com salários justos, saúde, moradia e escola de boa qualidade. Pior, os estrangeiros estão no país com altos salários, com várias mordomias e com status de grandes mestres. Será que os estrangeiros aceitam limparem banheiros? trabalharem em obras? trabalharem de porteiros? 

Afinal o Brasil ainda tem milhões de desempregados, com altas taxas de juros, inadimplência de muitas famílias e serviços de públicos de péssima qualidade.  

  Matéria do Estadão(SP) - via Yahoo Notícias abaixo.

Governo estuda como atrair trabalhador qualificado


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Vila Isabel Campeã 2013 e olhem o Império Serrano em 1996 com um samba falando da terra

Que a Vila Isabel mereceu o título de 2013, com grande maestria tudo bem.. Mais vejamos os vídeos das duas escolas que falam do mesmo tema em épocas diferentes. Primeiro a Império Serrano, com Jorginho do Império cantando o samba em 1996 e também vejam a emoção nos integrantes da escola de Madureira.

  E Veras que um filho teu não foge a luta.....

 

A VILA CANTA O BRASIL, CELEIRO DO SAMBA "ÁGUA NO FEIJÃO QUE CHEGOU MAIS UM...".

Só para lembrar que a Serrinha, também participou nesse título da Vila, com Arlindo Cruz.....................

REGIÃO DA GRANDE TIJUCA VIRA TERRA DAS ESCOLAS DE SAMBA NO RIO

Com os títulos da Vila Isabel(Grupo Especial) e da Império da Tijuca(Grupo de Acesso), neste carnaval de 2013, a região da grande Tijuca virou de vez palco principal das escolas de samba no Rio de Janeiro, que são: Salgueiro, Unidos da Tijuca, Império da Tijuca e ali do lado, Vila Isabel e a Mangueira, não vou nem falar da Estácio. Putzzz !!!!!!Hoje Madureira e região que reinaram muito tempo, como berço das agremiações de samba, com destaque nacional, não cantam mais como no passado. A Portela, que tem 21 títulos do carnaval carioca, não vence há muito tempo e não sabe o que fazer para renovar e agradar? A Império Serrano,  com belos carnavais e excelentes compositores, que são verdadeiros ícones da cultura nacional encontra-se no grupo de acesso. E cada tempo que passa fica mais complicado animar as novas gerações nos quadros dessas escolas. Lembrando, que tivemos na área de Madureira, a Tradição e Caprichosos de Pilares, com belos carnavais. Agora é aguardar para ver o que de lá sairá no futuro. Salve Candeia, Silas de Oliveira, Mestre Darci da Serrinha e muito outros. No mais, valeu morro da Formiga, valeu Império da Tijuca..
Integrantes da Império da Tijuca comemoram título da Série A do carnaval do Rio (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)

Integrantes da Império da Tijuca comemoram título da Série A do carnaval do Rio (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Rio de Janeiro da alegria a tristeza neste carnaval.


Definitivamente o Brasil não tem  infra-estrutura para receber grandes públicos, do Sul ao Norte, um caos total.No Rio, que é a principal cidade turística do país, ainda mais no carnaval. Está lamentável. Essa reportagem do O Dia, só confirma os absurdos que os visitantes estão sofrendo.  



Extorsão na Novo Rio

Taxistas e motoristas de vans cobram preços abusivos na área de desembarque da rodoviária

Rio -  As mais de 20 mil pessoas que desembarcaram ontem na Rodoviária Novo Rio pagaram caro por passar o Carnaval na Cidade Maravilhosa. Literalmente. Na área destinada ao desembarque, taxistas e motoristas de vans faziam dos seus veículos lotações e estipulavam preços abusivos cobrados por passageiro. Os turistas, que não tinham outra opção, pagavam o que era pedido depois de esperar por uma hora na fila com 200 pessoas.
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
As corridas para a Zona Sul, que pelo taxímetro custariam, no máximo, R$ 40, saíam a R$ 50 por pessoa, em estilo lotada. Quem só podia usar a van pagava R$ 15. Para a Barra da Tijuca, o preço chegava a estratosféricos R$ 130 por passageiro. “Vou para Vila Isabel com a minha esposa e nos cobraram R$ 80. Ainda dividirei espaço com dois desconhecidos”, contou o engenheiro Marcos, de Ribeirão Preto.
Consultadas, as cooperativas com guichês na Rodoviária, às quais os veículos são conveniados, diziam não se responsabilizar pela prática. “A forma com que a tarifa é cobrada é de responsabilidade do motorista. Mas, se quiser sair daqui, vai ter que acabar cedendo à prática”, declarou a atendente da Novo RioCoop. Mesmo não assumindo a culpa pela extorsão, motoristas uniformizados negociavam preços livremente com quem aguardava na fila.
Em frente ao embarque,onde se posicionava uma viatura da Polícia Militar, motoristas usavam o taxímetro corretamente. Uma multidão se acotovelava por esses poucos veículos.
Fiscalização intensificada
Ao saber da denúncia de O DIA, o secretário municipal de Transportes, Carlos Osório, admitiu o problema no entorno da Rodoviária e prometeu providências: “Sabemos da cobrança indevida na Novo Rio e em pontos que reúnem turistas. Já realizamos operações pontuais. Verificaremos a conivência das cooperativas com o crime e intensificaremos a fiscalização”, prometeu.
Hoje, a cidade conta com a operação volante Taxi-Legal, que fiscaliza as condições mecânicas, documentais e de cobrança dos veículos em pontos pré-estabelecidos.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Mídia faz de tudo para acabar com o carnaval do Rio 2013


Bola Preta faz seu 95º desfile e leva 1,8 milhão de pessoas para o Centro

  • Multidão encontrou dificuldades na dispersão, e algumas pessoas foram imprensadas contra a grade que protegia equipes de TV e o Municipal
  • Bloco trouxe cinco trios elétricos, além da tradicional banda
RENATO ONOFRE
LUIZ GUSTAVO SCHMITT
Publicado:
Atualizado:

Pessoas que passaram mal subiram em carros da PM no desfile do Bola Preta
Foto: Carlos Ivan / O Globo
Pessoas que passaram mal subiram em carros da PM no desfile do Bola Preta Carlos Ivan / O Globo
RIO — O Cordão da Bola Preta fez na manhã deste sábado o seu 95º desfile. Para animar a galera, além da tradicional banda, o Bola trouxe este ano cinco trios elétricos, dois a mais do que no ano passado. Segundo a Riotur, 1,8 milhão de pessoas se espremeram pelas as ruas do Centro do Rio, 400 mil a menos do que o ano passado. No fim do desfile, a multidão que vinha pela Avenida Rio Branco atrás do bloco encontrou dificuldades na dispersão por conta de carros das equipes de TV e algumas pessoas foram imprensadas contra a grade que protegia o equipamento e o Theatro Municipal. Foliões subiram em carros da Polícia Militar.
— O carnaval do Rio só começa quando o Bola vai para a avenida. O Bola é uma instituição do Rio de Janeiro e a gente se sente muito honrado com isso — disse Pedro Ernesto Marins, presidente do bloco.
O Bola Preta teve novamente este ano a atriz Leandra Leal como porta-estandarte. A cantora Maria Rita, pela quinta vez consecutiva, foi madrinha do bloco.
— Não sei passar o carnaval sem estar no Bola — disse Leandra, que desfila no Bola desde criança.
Mas foram os foliões anônimos que chamaram atenção e não economizaram na criatividade na hora de se fantasiar. Pelo bloco, podiam ser vistos Smurfs e super-heróis, como o Homem Aranha e a Mulher Maravilha. Um grupo de 15 palhaços também chamava a atenção com roupas nas cores preta e branca. Cada um gastou R$ 500 para fazer a fantasia.
- Quando eu comecei vir ao Bola Preta o público era cerca de 100 mil pessoas. De lá para cá, houve uma transformação. Hoje somos mais de 2 milhões de foliões - Sidclay Carlos dos Santos, de 35 anos.
O desfile atraiu público de diferentes gerações. Fantasiados de presidiários o casal Bárbara da Silva, de 32 anos, e Alexander Lemos, de 35, vem de Niterói há oito anos para prestigiar o desfile.
- Apesar da multidão e da confusão de pessoas, sempre vale a pena vir ao Bola que é alma do carnaval do Rio. Procuramos sempre curtir o bloco pela beirada da rua para evitar o risco de roubos e furtos.
"Tradição, paz, amor e folia ... 95 carnavais" é o tema da Bola Preta neste ano. Antes do início do desfile, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, falou aos foliões sobre a campanha do governo federal contra a exploração infantil:
— O carnaval do Rio é uma referência para o Brasil. Nada mais oportuno do que vir aqui e passar para essa mensagem para a multidão. As pessoas precisam saber que a exploração infantil é crime.
No início do desfile, o som apresentou problemas que logo foram resolvidos.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/blocos-de-carnaval/bola-preta-faz-seu-95-desfile-leva-18-milhao-de-pessoas-para-centro-7535998#ixzz2KQoWcq1V
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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Os melhores blocos de rua do Rio para curtir no carnval 2013

Cidade fervendo, blocos na rua e uma multidão curtindo o pré carnaval do Rio. Então, fiz uma lista de uns blocos que a galera pode curtir na boa.


                          Listas dos melhores blocos Carnaval do Rio 2013
1.       Bloco da Preta – apesar de ficar lotado a vibe é boa;
2.       Carioca da Gema ( Lapa) – musicalmente é o melhor de todos;
3.       Céu na Terra – este bloco tem seu lugar certo no céu ... é muito bom...
4.       Orquestra Voadora – excelente – a rapaziada manda muito bem e tem uma proposta diferente;
5.       Bangalafumenga – excelente e gente boa e bonita;
6.       Me Esquece -  Vibe boa e gente bonita;
7.       Cordão do Boi Tolo – muita animação, vibração e alegria;
8.       É do Pandeiro – excelente,  vibe boa, muita animação e gente bonita;
9.       Prata Preta – Hoje é o melhor da região portuária, muito  bom;
10.   Eu sou eu, Jacaré é o Bicho D´Água – Melhor Bloco de Vila Isabel e tem tudo para se tornar uns dos melhores do Rio;
   11.  Lapeiros, de Janeiro a Janeiro;
12. Simpatia é quase Amor;
Lembrando que bloco bom é o bloco que você curte sem gastar muito, com gente, arruma uma namorada ou um namorado, brinca muito e depois ainda vai para casa pensando no ano que vem. Portanto, a diversão é você que faz.....







Acorda povo ! Valeu Zeca Pagodinho


Cada vez mais pessoas estão revoltados com nossos políticos. Duque de Caxias(RJ) é o sexto município mais rico do país e o povo vive na merda. Leiam reportagem do jornal O Dia, abaixo.

Zeca aumenta o tom: ‘Nunca apareci roubando’

Sambista suspende a cerveja, cancela aniversário um mês após a enchente de Xerém e dispara contra os que o criticaram por ter ajudado as vítimas “só para aparecer”

POR CAIO BARBOSA
Rio -  Às vésperas do Carnaval, o mais popular sambista do Brasil está triste. A um dia de completar 54 anos, Zeca Pagodinho ainda não consegue sorrir, devido às enchentes que deixaram centenas de vizinhos desabrigados e um morto, há exatamente um mês, em Xerém, distrito de Duque de Caxias.
O cantor e compositor recebeu O DIA para uma entrevista exclusiva em sua chácara, onde as marcas das chuvas ainda estão por todos os lados, e mostrou um lado desconhecido da maioria dos brasileiros. Em vez de um Zeca boêmio e brincalhão, um cidadão consciente e indignado, comandando faxina por todos os lados e sem copo de cerveja na mão.
Zeca Pagodinho pediu para posar para foto junto com parentes e vizinhos que têm ajudado as vítimas das enchentes que atingiram Duque de Caxias | Foto: João Laet / Agência O Dia
Zeca Pagodinho pediu para posar para foto junto com parentes e vizinhos que têm ajudado as vítimas das enchentes que atingiram Duque de Caxias | Foto: João Laet / Agência O Dia
Flagrado há um mês por equipes de TV socorrendo vizinhos, Zeca recebeu muito apoio e algumas críticas. Houve quem dissesse que o cantor queria aparecer. As insinuações ainda machucam o peito do sambista, tatuado com uma imagem de São Cosme e São Damião.
“Se for fazendo o bem, quero aparecer sempre. Eu nunca apareci foi roubando ninguém, nem envolvido com corrupção”, disparou. “O povo me conhece, sabe de quem estou falando”, emendou.

Chateado, Zeca não quis dar nome aos bois, pois não conseguiria lembrar de todos, e preferiu exaltar a solidariedade dos cidadãos não apenas da Baixada Fluminense, mas de todo o Brasil.
“Me mandaram de São Paulo purificadores que tornam a água potável depois de um minuto e meio. Isso é gente decente. Fico feliz porque para cada dez que abrem a boca para falar merda, há 1 milhão que quer fazer o bem”, prosseguiu, irritado.
O incomum mau humor de Zeca não era jogo de cena. Nesta segunda, dia de seu aniversário, a tradicional festança que reúne artistas e figuras anônimas foi cancelada. Não há clima para pagode.
“Vou ficar devagar. Não tem como ser de outro jeito. Estou aqui ajudando os outros. Trabalhador trabalha, vagabundo fica com a bunda sentada na poltrona escrevendo merda na Internet. Quem falou de mim está puto porque nunca fez nada e eu fui lá e fiz. Aliás, fiz, não. Faço. Há 20 anos”, completou o cantor, que ao lado de casa possui uma escolinha de música para os moradores da área.
‘O povo tem que se mobilizar para que isso não aconteça nunca mais’
Há dez dias, O DIA procurou Zeca Pagodinho para uma entrevista sobre Xerém e a ausência do poder público nas áreas carentes, mas o cantor pediu, através de sua assessoria de imprensa, para ficar quieto. Estava chateado com certas críticas e não queria entrar em debates políticos. Mudou de ideia.
“Ah, meu irmão, sabe de uma coisa? Tenho que falar mesmo. Não quero nem saber se vão ou não gostar. Mas a população também tem que cobrar. Muito. A força está na mão do povo. E o povo tem que se mobilizar para que isso não aconteça nunca mais. Não é apenas o artista que tem que cobrar”, diz.
Feliz pela solidariedade que despertou nos fãs, que enviaram donativos para a sua casa numa quantidade capaz de amenizar as perdas de dezenas de famílias por pelo menos mais um mês, Zeca espera que a prefeitura de Duque de Caxias cumpra o que prometeu.
“Não sou eu o responsável por isso, nem posso assentar todo mundo que ficou desabrigado. Isto cabe aos governantes. Tenho andado pelas ruas e ouvido que vão desapropriar terrenos e resolver o problema. Tomara. Chega de apenas promessas”, disse Zeca.
O DIA entrou em contato com o prefeito Alexandre Cardoso, que não retornou as ligações. 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Carnaval bom de Paraty 2013

Prefeitura de Paraty | Prefeitura lança programação de carnaval 2013


http://www.pmparaty.rj.gov.br/site/?p=3382